Criança não herda sentença. Herda abandono quando o sistema falha.
Neste 13 de julho, data em que celebramos o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), é urgente lembrar que o sistema carcerário brasileiro também aprisiona vidas fora das grades.
Filhos e filhas de pessoas presas enfrentam estigmas, abandono, pobreza e falta de políticas públicas que garantam seu desenvolvimento pleno.
O ECA assegura direitos fundamentais: educação, saúde, convivência familiar, dignidade. Mas quem protege essas crianças quando o Estado se limita a punir e se omite em cuidar?
Prisões que afastam mães e pais sem considerar o vínculo familiar contribuem para a reprodução do ciclo da exclusão e da violência.
O Instituto Justiça aos Desamparados defende que justiça de verdade precisa enxergar a infância como prioridade.
Não existe ressocialização sem olhar para quem fica do lado de fora esperando por um abraço.